sábado, 27 de março de 2010

Hoje é dia de fulga.

Hoje eu sei que posso voar,e nenhum físico conceituado muda minha idéia. Me divertirei com as velhas folhas do outono e farei delas o melhor brinquedo do mundo! Hoje ninguém me impede de sorrir.. Se chover, me verão os prisioneiros correndo de um lado a outro sem motivo, e se o sol aparecer, celebrarei a nova luz. Hoje eu vou fugir de casa deixando um bilhete com o horário da volta, e além da melhor amiga, eu não preciso de muito pra sorrir.. Especialmente agora meu vazio torna a vida, e se deixa preencher com tudo o que há de bom, com tudo o de melhor que recolho pelo caminho. Eu tenho toda disposição do mundo, e o mar me espera. Eu não tenho noção de perigo e não faço idéia do que seria isso que chamam de medo. Brilho como nunca, danço no silêncio, grito ao descer da grande montanha verde sentindo a adrenalina predominar em mim, pulo a cada dois passos e se caio, não controlo nem a quantidade de risadas que me saem da boca. Se eu me perder não se preocupem, qualquer dia eu volto, com a mesma alegria desse momento. Eu prometo! Trago lembranças da Terra do Nunca :*

sexta-feira, 26 de março de 2010

Considero um problema

É difícil pra mim não ter palavras, ter que fugir da escrita simplesmente por não ter o que dizer. Me sinto assim ultimamente:meio sem palavras, sem sentimentos, sem pensamentos, sem nada. E o nada me causa algo inexplicável que me faz preferir qualquer outra sorte de dores ou alegrias que me saquem esse silêncio... É, especialmente hoje, eu não tenho o que dizer. Isso se torna cada vez mais difícil pra mim, alguém por favor me devolva esse prazer!Eu odeio a sensação de silêncio que se estende por dentro de cada pedaço meu...

terça-feira, 16 de março de 2010

Depois de tudo.

Voltar para casa tem sido difícil. Deixar por mais um momento as distrações dos amigos do colégio e voltar ao silêncio do meu nada essencialmente particular. O egoísmo não mais me convem, mas me é obrigatório, eu nem tenho mais alternativas ou saídas para conversas ou qualquer outra coisa que me chame mais atenção do que calar-me e me recolher em sono, me desprender do real, do fútil que não vejo graça alguma. Infelizmente não me permito nem amigos imaginários, eu sei que um dia eles somem, e terei que inventar, traço a traço, outra diversão. Então simplesmente adormeço, no intuito de não existir por um tempinho a mais, ou todo o tempo que conseguir. Nos sonhos eu tenho tudo.. Do imaginável ao totalmente abstrato, sorrio constantemente entre criaturinhas e príncipes encantados que vivem pelos motivos mais distintos possíveis. Ouço histórias incríveis e vejo uma legião de brilhantes interessados em ouvir cada palavra que sai dessa estranha que sou eu. E me sinto a rainha daquele mundo. E sou. Afinal, aquele mundo inteiro é meu. E é agora tudo o que tenho, pelo menos até a aula de amanhã...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Platônico

Eu não sei se sou triste ou se finjo pra poder desabafar,ter do que falar. Talvez seja só coisa de adolescente e um dia eu olhe pra trás com saudade de quando a vida era fácil, falando do agora. Mas agora não me parece tão fácil.. A verdade é que sou cega para o que realmente me passa, e vivo num mundo inventado com que sonho tornar real, mais é impossível, eu sei que nunca conseguiria acabar com a gravidade e morar num oceano totalmente fora de risco de desaparecer. Eu sei que eu nunca vou gostar de todos, que sempre haverá alguem que me odiará sem motivo algum. As pessoas nunca chorarão só de alegria deixando a tristeza em extinção até que ela não exista mais. Quisera eu viver na terra do nunca! Loucura? Eu seria só a mais feliz do mundo, se que aquele lugar mágico pode ser chamado de mundo, é pouco pra toda sua significância... Então me entristeço eu, ao abrir os olhos e ver que os anos que se passaram ainda não foram o suficiente para formar uma realidade em que eu pudesse sorrir, e me escondo outra vez. E temo abri-los outra vez, por já ter tantas frustrações colecionadas por não poder morar num lugar aonde eu finalmente poderia tirar os pés do chão com os olhos bem abertos, e sentir a brisa leve da verdadeira liberdade de voar.

terça-feira, 9 de março de 2010

Silêncio! (saindo da rotineira tristeza)

Alguém pode ouvir, e essas palavras são só suas. Não as escondo por vergonha, muito pelo contrário, eu me orgulho de você.. Só que o que eu tenho a dizer é exclusivamente pra você, tento agora evitar a inveja alheia. Não, eu não falarei de amores, eles não merecem a metade da atenção que pretendo lhe dar, é que você é muito mais importante que todos eles.. Considere-se a melhor do mundo, a minha amiga de todos os momentos. Pra começo de conversa, a verdade é que eu te amo! Amo mesmo, mais do que qualquer pessoa que já passou pela minha vida um dia. A nossa irmandade construída nos apresentou os defeitos, qualidades e coisas particulares quase idênticas ou totalmente opostas que carregamos e que nos aproximaram cada vez mais. Não existirão palavras em qualquer vocabulário enorme pra mencionar a minha gratidão que se estende até nossas briguinhas rotineiras por ciúmes de outros amigos. A verdade é que mesmo que em um momento planejamos a morte deles, à noite, a nossa oração é que cada amizade, depois da nossa, seja a mais sincera e duradoura possível. Isso nada interferiria a nossa ligação. E que seja sempre do jeito que combinamos: de segunda à sexta, compartilharemos o tédio ou a animação das aulas, nos sábados, sairemos escondidas pra contemplar a nossa cidade perfeita, e aos domingos.. depois a gente vê o que apronta! "Você tá muito longe, quero mais do seu tempo!" Haha, espero nunca ter que falar isso por te ver só seis dias da semana, é pouco demais pra tudo o que temos que compartilhar! Obrigada anjinha, você acaba de, pela sétima vez da semana, me tirar um bom tempo da minha tristeza diária, e convertê-lo em piadas internas e risadas sem razão. Ah, depois de todas as palavras, me obrigo a fugir do meu vocabulário culto pra te arrancar um sorriso a distância: "Só o ouro!" .Eu sei que riu. Você intende. <3

segunda-feira, 8 de março de 2010

Para ver passar o tempo...

Não estranhe se um dia sentir falta da garota estranha que você quis esquecer. A estranha já era eu, e eu nunca quis dividir esse papel. Eu sei que talvez sinta falta daquela que fazia questão de dizer o que gostava e que mudava de opinião a cada dez minutos, ou que queira voltar só pra me responder que fazem 10 graus e por isso eu não posso tomar sorvete, ou que é verão e a ultima coisa que eu posso desejar é chocolate quente. Eu também sinto falta de você pra me dizer o que é certo, quando o que eu queria era o oposto. Somos tão diferentes não é? Enquanto você mentia pra me proteger antes, eu dizia a verdade só pra te proteger depois. E mesmo assim, sei que sentimos falta um do outro. Mas tudo ficou pra trás. As músicas, as comemorações de tempos em tempos dos meses de namoro.. Os detalhes, as declarações.. E hoje sei que o mesmo mar em que um dia te encontrei, hoje já renovou as suas águas, e faz o cenário dos meus solitários fins de tarde de domingo. E hoje mesmo precisava de você: no mesmo mar, mas com a companhia das lembranças, que ainda sonho em compartilhar no mesmo cenário em que te encontrei naquele feliz primeiro dia. Afinal, já é domingo, e a tarde cai...

domingo, 7 de março de 2010

Não importa.

Independente do problema, assumo a culpa. Pelo menos algum sentimento horrível eu preciso ter, eu não aguento mais ser tão vazia.

sábado, 6 de março de 2010

''Hoje eu acordei sem nada no estômago,

sem nada no coração,sem ter pra onde correr,sem colo, sem peito, sem ter onde encostar,sem ter quem culpar.Hoje eu acordei sem ter quem amar,mais aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz. (Tati Bernardi)

Momento de Escuridão.

Meia noite e ela não conseguia dormir.Sentou-se no canto mais solitário de seu quarto escuro para viver sua tristeza diária. Especialmente naquela noite, ela não sabia ao certo porque tinha uma vontade profunda de se desfazer em lágrimas quase negras, espelidas por tanta dor. Era diferente das outras noites em que chorava por seu antigo amor, pela rejeição, ou pelo contínuo sentimento de solidão, que a perseguia, mesmo que uma multidão estivesse ali, dando-lhe toda a atenção -o que segundo ela era impossível-. A confusão dos seus sentimentos indefinidos a agonizava de forma tão forte, que era como se cada veia de seu coração explodisse lentamente com intenção de machucar da pior forma. Os seus olhos mostravam, nitidamente, a formação de uma lágrima, tão solitária como a dona daquele olhar, que se incomodou. Mas a agonia de seus pensamentos já era quase maior que a força das mãos orgulhosas que destruiriam aquela sarcástica gota de água. Aquela menina esperava sentir a lágrima correndo por seu rosto até vê-la cair ao chão e ser esquecida - ou não - .Mas algo fez daquele breve choro pior do que um pranto incontrolável. Porque aquela gota agora, parecia debochar escorrendo na lentidão torturante de uma tartaruga. E a menina sofrendo. E as mãos imóveis. E aquela lágrima rindo-se ao vê-la sofrer, enquanto contornava os traços tristes daquela garota. E a menina sofrendo. E as mãos imóveis. E aquele sofrimento escorrendo como sangue fervendo. E de tanto sofrer ela decidiu parar. E encorajou suas mãos medrosas, que bruscamente destruiram aquela pequena lágrima, que nasceu nos olhos tristes, correu alegremente pelo seu rosto, e sumiu, para não voltar mais a existir.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Bom dia.

- E daí que o sol ainda não apareceu? Já viu quantas horas são? Acorde!
Já se passou tanto tempo desde que você se foi, e hoje me dei conta que ainda não havia acordado.. a escuridão era tão forte que cheguei  pensar que o sol se consumiu com sua própria luz, ou que havia desistido de mim assim como tantos outros que resolvi um dia deixar pelo caminho. O problema é que eu, ainda que soubesse que toda aquela luz esperava o meu chamado, não tinha vontade alguma de acordar.E sem pensar em tudo o que ela me traria de bom, me prendi aquele pensamento que depois de tanta noite, os meus olhos arderiam, o meu coração ainda teria dificuldade de voltar a caminhar, e os meus sonhos ainda demorariam certo tempo até serem totalmente reconstruídos.Valeria à pena tanto esforço agora? Eu sei que sim. Mas pra isso eu tenho que primeiro me desacostumar ao conforto de dormir em toda a escuridão, que ainda que dolorosa, é onde encontro retalhos de velhos sonhos que um dia me foram prioritários, e isso é difícil, e isso dói.. Mas o que me custa tentar? Sei não..
- Só mais cinco minutos por favor! Só enquanto eu ainda lembro os detalhes...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Que siento hoy?

No, no es necesario que lo entienda, porque nunca le ha servido la razón al corazón, el corazón no piensa. No mi vida, para que te esfuerzas? No me tienes que explicar, siempre amaré tu libertad, por mucho que eso duela. Y si entiendo que quieras hablar, que a veces necesites saber de mí. Pero no se si quiero saber de ti, vivir así, seguir así... Piensando en ti.. suelta mi mano ya por favor! Entiende que me tengo que ir,si ya no sientes más este amor, no tengo nada más que decir. No digas nada ya por favor, te entiendo, pero entiendeme a mi. Cada palabra aumenta el dolor y una lágrima, quiere salir... Y por favor no me detengas siempre encuentro la manera de seguir y de vivir. Aunque ahora no la tenga. Y no, mi vida no vale la pena, para que quieres llamar, si el que era yo, ya no va a estar, esta es la última cena. '-'
(Sin Bandera - Suelta mi Mano)